terça-feira, 30 de novembro de 2010

A caixa

Avistei uma caixa.
Pensei em abrir, quem sabe não tem algum presente para mim,
um chocolate, uma lembrança.
Então abri.
Decepção,
só havia um pedaço de papel e um lápis,
e um escrito, dizendo-me: Rabisque.
Foi o que eu fiz,
saí deslizando o lápis sobre o papel,
desenhando todos os meus desejos e sonhos.
Espera,
errei,
mas onde está a borracha para eu apagar?
Abri novamente a tal caixa na esperança de encontrar uma borracha,
poderia não te-la visto quando abri na primeira vez.
Novamente decepção.
Mas encontrei um gravador,
não tinha o visto antes.
Resolvi ouvi-lo,
apertei o botão:
- Esse papel é sua vida, e o lápis é você,
poderá fazer o que quiser com eles, porém não poderá voltar atrás.
Mas poderá contornar a situação desenhando algo por cima,
se quiser concertar o erro.
Então fechei a caixa.
Agora sei que não posso apagar os meus erros,
mas posso tentar ameniza-los.

Um comentário:

  1. Nossa, que linda poesia!!!!Realmente, não podemos apagar nossos erros, mas podemos amenizá-los fazendo outras coisas certas, que de alguma forma possam sobrepor nossos erros.
    Parabéns!!!

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